A baleia-azul (Balaenoptera musculus) é um mamífero marinho pertencente à subordem Mysticeti dos cetáceos. Com até 30 m[2] de comprimento e mais de 180 t[3] de peso, elas são os maiores animais que jamais existiram de que se tem conhecimento.[4]
Longo e esguio, o corpo das baleias-azuis apresenta seu dorso em diferentes tons azuis-acinzentados, enquanto que seu ventre é geralmente mais claro.[5] Existem pelo menos três subespécies distintas: B. m. musculus, cujo habitat restringe-se ao norte dos oceanos Atlântico e Pacífico, B. m. intermedia, do oceano Antártico e B. m. brevicauda (também conhecida como Baleia-azul-pigméia), encontrada no oceano Índico e no sul do oceano Pacífico. B. m. indica, do oceano Índico, pode ser uma outra subespécie. Como é o caso das outras espécies pertencentes à subordem Mysticeti, a dieta das baleias-azuis consiste quase que exclusivamente de pequenos crustáceos conhecidos como krill, os quais filtram da água do mar usandolâminas córneas em sua cavidade bucal.[6] Porém, elas também podem se alimentar de pequenos peixes e lulas.
As baleias-azuis eram, até o início do século 20, abundantes em quase todos os oceanos da Terra. Caçadas por mais de um século, foram levadas à beira da extinção pelos baleeiros, até tornarem-se objeto de mecanismos de proteção adotados pela comunidade internacional em 1996. Um relatório de 2002 estimou que existam de cinco a doze mil baleias-azuis ao redor do mundo,[7] distribuídas em pelo menos cinco agrupamentos. Contudo, pesquisas mais recentes sobre as subespécies pigméias sugerem que a população atual é maior.[8] Antes de serem caçadas, o maior agrupamento estava na Antártida, com aproximadamente 239 000 indivíduos.[9] Os agrupamentos remanescentes atuais, muito menores, com algo em torno de 2000 indivíduos cada, estão localizados a noroeste dos oceanos Pacífico, Antártico e Índico. Outros dois agrupamentos de baleias-azuis encontram-se ao norte do oceano Atlântico, e há pelos menos outros dois no Hemisfério Sul.
A nadadeira dorsal das baleias-azuis é pequena,[10] visível apenas por um curto período de tempo, enquanto mergulham. Através de seu espiráculo, elas podem podem produzir jatos de água de até 9 m de altura. O volume de seus pulmões pode chegar a 5 000 ℓ. Elas também são os animais mais ruidosos do mundo, podendo emitir sons que atingem os 188 dB — mais fortes que o som de um avião a jato — e que podem ser ouvidos a mais de 800 km de distância.[3]
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